quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Por que não conseguimos superar nossos problemas emocionais.

Ao cortar uma árvore chamada Sequoia, quem visita o Estado da Califórnia, são árvores gigantes, os naturalistas nos mostram os anéis delas, que nos revelam a história de seu desenvolvimento, a cada ano.
Há por exemplo um anel que representa um ano em que houve terrível seca.
Há também outros anéis que falam de um ano que choveu demasiadamente.
Ali há um ponto em que a árvore foi atingida por um raio.
Aqui alguns anéis que revelam um desenvolvimento normal.
Um outro anel mostra um incêndio florestal que quase destruiu a árvore; outro mais revela um ataque da ferrugem e de outras doenças.
E tudo isso está gravado no tronco da árvore, como se fosse uma autobiografia de seus desenvolvimento.
Assim acontece também conosco, alguns centímetros abaixo da casca protetora, da máscara dissimuladora, acham-se registrados os anéis de nossa vida.
Ali estão as cicatrizes de mágoas antigas, dolorosas...como as do garotinho que acordou na manhã do dia de Natal e correu à janela dos fundos para ver seu sapatinho; e chegando ali encontrou nele apenas uma pedra suja, castigo por uma travessura qualquer.
Essa cicatriz fica a corroê-lo, causando todo tipo de problema em suas relações com os outros.
Ali está a descoloração de uma mancha trágica que enxovalhou toda uma existência... quando alguns anos atrás, um garoto ou um familiar próximo levou uma irmã ou uma colega e abusou dela.
E mais adiante as pressões de uma recordação penosa....quando uma criança tinha de correr atrás de um pai alcoolizado que estava a ponto de matar a mãe, e depois tinha de agarrar o facão antes que ele o fizesse.
Essas cicatrizes ficam enterradas por longo tempo e depois provocam mágoas e iras inexplicáveis.
E elas não são sanadas pela conversão, nem pela santificação no caso em que elas procuram ajuda em uma igreja evangélica, nem pelos outros benefícios comum da oração, muito menos pelas longas sessões de psicoterapia.
Tudo está registrado nos anéis de nossa mente e de nossa psique.
As lembranças estão gravadas; todas vivas lá dentro, elas vão afetar diretamente nossos conceitos, sentimentos e relacionamento com outros.
Vão afetar o modo como encaramos a vida, como vemos a Deus, os outros e a nós mesmos.
Muitos pregadores de igreja, dão aos ouvintes a enganosa ideia de que o novo nascimento e a plenitude do Espírito irão automaticamente, resolver esses problemas emocionais.
O mesmo ocorre com as sessões de psicoterapia.
Não é uma cura instantânea para nossos problemas de personalidade.
É necessário que compreendamos bem isto, primeiro, para que possamos aceitar-nos bem, e permitir que o Espirito Santo opere em nós, de uma forma toda especial, a fim de curar nossas mágoas e complexos.
Precisamos entender isso também, para não julgarmos os outros com dureza, mas termos paciência com aqueles que demonstram uma conduta contraditória e confusa.
Agindo assim, evitaremos fazer críticas injustas e julgamentos errados contra nossos irmãos.
Eles não são falsos, fingidos nem hipócritas, são pessoas, com formação errada, e nessas coisas interferem na conduta do momento.
Se compreendermos bem que a salvação não nos dá uma cura imediata dos males emocionais, teremos uma compreensão melhor com relação a doutrina da santificação.
É impossível saber o grau de espiritualidade de uma pessoa simplesmente pela observação de sua conduta exterior.
Mas não é verdade que pelos seus frutos os conhecereis (Mt 7.16), e, mas é verdade também que pelas suas raízes poderemos compreendê-los, sem julgá-los.
Mas alguns objetem:
O que você está fazendo? Rebaixando os padrões cristãos? Está negando o poder do Espírito Santo para curar nossos traumas?
Está dando uma saída fácil para nossas responsabilidades, para que joguemos a culpa  de nossos atos, de nossas derrotas e fracassos na vida, na hereditariedade, nos pais, professores, namorados, amigos e até em pastores, maridos ou esposas?
De modo nenhum.
O que estou querendo dizer é que existem certas áreas de nossa vida que precisam de um toque especial do Espírito Santo.
São coisas que estão fora do alcance das orações comuns, da disciplina, da força de vontade, e exigem um discernimento especial, precisam sofrer uma desprogramação, e passar por uma transformação remodeladora, com a renovação de mente.
E isso não acontece da noite para o dia, como uma experiência momentânea.
Quais são essas doenças emocionais? Uma das mais comuns é um profundo sentimento de desvalor, uma perene sensação de ansiedade, incapacidade e inferioridade, uma vozinha interior que vive a repetir: ¨ Não presto para nada. Nunca serei nada. Ninguém pode gostar de mim. Tudo que faço dá errado¨.
O que aconteceu?
Essa cicatrizes profundas precisam ser curadas.
Mas existe também um outro tipo de problema que, na falta de um termo melhor, denomino complexo de perfeccionismo.
Trata-se de um sentimento interior de insatisfação. ¨ Não consigo fazer nada. Nunca faço nada direito. Não consigo satisfazer nem a mim mesmo, nem aos outros, nem a Deus.
Esse tipo de pessoa está sempre procurando alguma coisa, sempre lutando, e geralmente carrega uma sensação da culpa, sempre impelida pelo que sente ser seu dever, ¨Devo ser capaz de fazer isso. Devo ser capaz de fazer aquilo. Tenho que melhorar¨..
Está sempre tentando subir, mais nunca chega ao alto.
Existe outro tipo de trauma emocional que podemos chamar de susceptibilidade. Em geral, a pessoa que é super sensível já sofreu muitas mágoas, É uma pessoa que desejou o amor, a admiração e a afeição de outros, mas só recebeu o contrário, e assim carrega profundas cicatrizes emocionais.
Muitas vezes, ela vê uma forma que os outros não sentem.
As pessoas muito susceptíveis exigem muito agrado. Em alguns casos, elas se tornam duras e insensíveis. É que sofrem mágoas, que, em vez de se tornarem sensíveis, camuflam o fato tornando-se ¨duronas.¨.
Querem se vingar nos outros. Assim, quase que inconscientemente, passam a vida a empurrar os outros para o lado, a magoar e dominar as pessoas.
E se utilizam de armas tais como dinheiro, posição, autoridade, sexo e até mesmo quando são palestrantes, nas  palestras tentam magoar as pessoas.
Depois há indivíduos que estão sempre cheios de temores. Às vezes o maior temor deles é o de fracassar. As pessoas que sofrem esse tipo de trauma têm apenas uma saída, nunca entram no jogo, ficam sentados nas laterais, dizem elas: ¨ Não aceito as regras do jogo; não gosto do juiz.
O que fazer:
1- Encarar o problema de frente.
2- Aceitar nossa responsabilidade no fato.
3- Perguntar a nós mesmos se desejamos realmente ser curados.
4- Perdoar a todos que estão envolvidos em nosso problema.
5- Perdoar a si mesmo.
6- Pedir a Deus para nos mostrar qual é realmente nosso problema.
Quais são as causas dos problemas emocionais?
1- Não receber perdão.
2- Não perdoar.
Dr. Alexandre Machado.
Jesus, como nosso médico, no jardim Getsêmani, pagou um preço por ser nosso Salvador para ser Emanuel Deus conosco.
Ele orou ao Pai ¨ A minha alma está profundamente triste até à morte¨ (Mt 26.37,38).
Ele está querendo dizer que o Senhor naquela hora passou por sofrimentos, sensações e sentimento de agonia tão forte que até desejou morrer?.
Isso quer dizer então,Senhor, que entende quanto estou deprimido que não quero nem viver mais?
No Salmo 22 ¨ Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se-me dentro de mim. Secou-se o meu vigor como um caco de barro, a língua se me apega ao céu da boca; assim me deitas no pó da morte¨ Salmo (22.14,15).
Quem já enfrentou a agonia de uma terrível solidão ou de um vazio patológico, quem já experimentou as mais negras crises de depressão, sabe que, quando estamos nesse abismo, a coisa mais difícil para se fazer é orar, pois não sentimos a presença de Deus.
Pois eu quero garantir-lhe que ele sabe, entende e sente suas fraquezas,
Jesus vive todas as suas sensações, pois, já passou por tudo isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Meu endereço: Av. .N. Senhora de Copacabana, 542 sala 1110, telefones: 21-22357028/ 25493145, Rio de janeiro, Brasil